Mauá promove celebração com cultura, serviços e participação popular pelo Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha

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NO próximo sábado, 26 de julho, das 9h às 17h, a Casa do Hip-Hop de Mauá será palco de um grande encontro em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. A programação reúne atividades culturais, serviços públicos essenciais e o protagonismo da população negra e periférica da cidade.

A iniciativa é da Prefeitura de Mauá, em parceria com diversas secretarias municipais e a sociedade civil, e marca o início de uma série de eventos que vão circular pelos bairros da cidade. A ação começa pela Vila Magini e os jardins Ipê e Oratório, levando informação, cultura e acolhimento à comunidade.

O evento contará com 14 tendas de serviços públicos, incluindo:

  • Secretaria de Saúde: vacinação, aferição de pressão e glicemia
  • Secretaria de Trabalho, Renda e Empreendedorismo: vagas de emprego e cursos
  • Secretaria de Assistência Social: acesso à Casa de Cursos e benefícios sociais
  • Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres: orientação sobre prevenção e atendimento a vítimas de violência doméstica
  • Secretaria da Pessoa com Deficiência: direitos e orientações
  • Cultura: apresentações de música, dança e artes visuais
  • Relações Institucionais: coordenação do evento

A programação cultural inclui ginástica, contação de histórias, grafite, discotecagem, samba, capoeira, breaking e show da tradicional Escola de Samba São João.

Endereço: Casa do Hip-Hop – Rua David Boscariol, 92-112, Jardim Rosina, Mauá

Segundo os organizadores, o objetivo é mostrar que o poder público pode — e deve — estar próximo da população, oferecendo suporte, orientação e reconhecimento às lutas históricas das mulheres negras.

25 de Julho: Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela

O dia 25 de julho carrega uma dupla representatividade histórica e política para as mulheres negras no Brasil e nas Américas. A data simboliza a luta contra o racismo, o machismo e as múltiplas opressões vividas por mulheres negras em diferentes territórios e contextos.

A nível internacional, foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em referência ao 1º Encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, realizado em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana. O evento reuniu ativistas de diversos países com o objetivo de denunciar a exclusão histórica e fortalecer estratégias de resistência.

No Brasil, a data também celebra o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, oficializado pela Lei nº 12.987/2014. A homenagem destaca o papel da mulher negra na formação da sociedade brasileira e resgata a trajetória de Tereza de Benguela, símbolo de resistência e liderança quilombola.

Tereza viveu entre os séculos XVII e XVIII e liderou, por mais de 20 anos, o Quilombo do Quariterê, situado na fronteira entre o Mato Grosso e a Bolívia. Após o assassinato de seu companheiro, José Piolho, ela assumiu a liderança política e econômica do quilombo, enfrentando o sistema escravista com estratégia, coragem e articulação comunitária.

Sua história é uma das muitas que foram apagadas da narrativa oficial brasileira — e que hoje ganham força na construção de uma nova memória coletiva, mais justa, inclusiva e representativa.

Mulher Em Questão apoia e divulga eventos que valorizam a história, cultura e protagonismo das mulheres brasileiras. Tem uma iniciativa inspiradora? Envie para a nossa redação através do e-mail contato@mulheremquestao.com.br.

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