Ciclismo, natação, corrida leve, caminhada e até subir escadas podem transformar a saúde e o bem-estar das mulheres após a menopausa. Entenda por quê.
A menopausa é um marco importante na vida das mulheres, simbolizando o encerramento do ciclo reprodutivo e o início de uma nova fase. Embora natural, esse período vem acompanhado de transformações hormonais que podem impactar diretamente a saúde física e emocional. Entre os principais desafios estão as alterações no metabolismo, o aumento do risco de doenças cardiovasculares e as oscilações de humor.
Um estudo recente publicado em agosto de 2025 no periódico científico Menopause trouxe novas evidências sobre o papel dos exercícios físicos aeróbicos na melhoria da saúde de mulheres na pós-menopausa. A pesquisa fez uma revisão sistemática de diversos trabalhos científicos e mostrou que a prática regular dessas atividades pode melhorar significativamente a função cardiovascular, reduzir sintomas de ansiedade e depressão, além de contribuir para uma melhor qualidade de vida.
O que o estudo descobriu
Segundo os pesquisadores, os exercícios aeróbicos — como caminhar, correr, pedalar e nadar — ajudam a regular a pressão arterial, melhorar a capacidade respiratória e aumentar a oxigenação do cérebro, fatores diretamente ligados à prevenção de doenças cardíacas e ao equilíbrio emocional.
A ginecologista Dra. Ana Paula Fabrício, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO), reforça que o movimento é um poderoso aliado nesta fase.
“Os estudos mostram que os efeitos do exercício aeróbico para as mulheres na pós-menopausa são altamente importantes em parâmetros cardiovasculares e psicológicos. Além da reposição hormonal e dos exercícios de força para evitar a perda muscular (sarcopenia), é fundamental incluir atividades aeróbicas na rotina”, explica a médica.
5 exercícios fundamentais para a pós-menopausa
De acordo com a especialista, os seguintes exercícios se destacam por seus benefícios diretos ao coração, músculos e mente:
- Ciclismo – Melhora o condicionamento físico, fortalece as pernas e estimula a circulação.
 - Natação – Trabalha todo o corpo, protege as articulações e ajuda na respiração.
 - Corrida leve ou trote – Estimula a produção de endorfina, o “hormônio da felicidade”.
 - Subir e descer escadas – Um exercício simples e acessível que fortalece o coração e os músculos inferiores.
 - Caminhada ou esteira – Ideal para começar, manter a disciplina e reduzir a pressão arterial.
 
E o pilates? Continua sendo importante
O pilates permanece como uma excelente atividade complementar. Ele ajuda no equilíbrio, na flexibilidade, na postura e na respiração — aspectos essenciais para a autonomia e o bem-estar das mulheres maduras. No entanto, o estudo reforça que os exercícios aeróbicos produzem resultados mais expressivos na prevenção de doenças cardiovasculares e no controle de sintomas emocionais típicos da menopausa.
Por que se movimentar é essencial
Durante a pós-menopausa, há uma queda acentuada nos níveis de estrogênio, hormônio que protege o coração e regula várias funções metabólicas. A falta desse hormônio pode aumentar o colesterol ruim (LDL), elevar a pressão arterial e favorecer o acúmulo de gordura abdominal.
Por isso, o exercício físico é considerado uma terapia natural complementar ao tratamento médico. Além de fortalecer o sistema cardiovascular, ele melhora a saúde óssea, combate a insônia e reduz sintomas como irritabilidade, ansiedade e fadiga.
Cada vez mais mulheres estão quebrando tabus e redescobrindo o prazer de cuidar do corpo e da mente após a menopausa. Essa fase pode ser encarada não como um fim, mas como um recomeço cheio de vitalidade e consciência corporal.
O segredo está em combinar acompanhamento médico, alimentação equilibrada, boas noites de sono e movimento diário — seja pedalando, nadando, caminhando ou praticando pilates.
Como afirma a Dra. Ana Paula Fabrício: “A mulher pós-menopausa pode e deve continuar ativa. O exercício é uma forma de empoderamento, de reconexão com o corpo e de prevenção contra doenças que ainda afetam mais as mulheres do que os homens.”
Fontes:
Menopause Journal (Agosto/2025)
Entrevista com Dra. Ana Paula Fabrício, Ginecologista e Obstetra (TEGO)
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