O corpo da atriz Jacqueline Laurence será velado no Teatro Tablado, entre às 10h e 14h desta terça-feira (18).
A cerimônia será aberta ao público e acontecerá na Av. Lineu de Paula Machado, 995, Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. O crematório será fechado para os amigos e familiares da artista.
A artista franco-brasileira estava internada no Coordenação de Emergência Regional (CER) do Leblon, desde quinta-feira (13). Segundo a unidade de saúde, ela teve uma parada cardíaca por volta das 2h20 de segunda (17).
Jacqueline era conhecida pela sua participação em novelas da TV Globo, como “Dancin’ days”, “Guerra dos sexos” e “Cambalacho”, além de várias outras.
Nascida em Marselha, na França, em 1932, Jacqueline Juliette Laurence veio para o Brasil ainda adolescente, acompanhando o pai, jornalista — profissão seguida pelo irmão mais novo, Michel, morto em 2014, e pelo sobrinho, Bruno.
Ela nunca se naturalizou brasileira, mas se considerava mais brasileira do que francesa, como disse em entrevista ao site de Heloisa Tolipan em janeiro. Um dos motivos para não ter se naturalizado foi a ditadura.
“Depois, envelheci e não seria agora que me naturalizaria. Não tenho essa coisa de dizer que sou francesa. Ao contrário, sou brasileira. Podem dizer que acham o contrário, o que é natural, mas pouco me importa”, afirmou ela.
Jacqueline jamais se casou e não teve filhos. “Os namorados que tive acabaram por ser, circunstancialmente, namorados”, emendou.
Nas telas, frequentemente interpretava mulheres sofisticadas e requintadas. “Sofri muito para perder meu sotaque”, brincou.
Na TV Globo, atuou nas novelas “Dancin’ days”, “Guerra dos sexos”, “Cambalacho”, “Top model”, “O dono do mundo”, “Salsa e merengue”, “Senhora do destino” e “Babilônia”. Sua última participação foi em “Salve-se quem puder”.
Nos palcos, Jacqueline dirigiu um dos movimentos teatrais mais simbólicos do Rio de Janeiro dos anos 1980, o Besteirol – que projetou Miguel Falabella, Guilherme Karam e Mauro Rasi.
Fonte: G1